segunda-feira, 4 de maio de 2015

ATIVIDADE A DISTÂNCIA - CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

EDUCAÇÃO BÁSICA E FORMAÇÃO INTEGRAL
        A Formação Integral tem assumido papel cada vez mais central no debate sobre os pressupostos e finalidades da Educação Básica no Brasil. Quanto mais integral a formação dos sujeitos, maiores são as possibilidades de criação e transformação da sociedade.
         A busca pela formação humana integral faz parte da experiência humana na qual a escolarização vem ocupando lugar central. Uma boa formação é aquela que se baseia no conhecimento verdadeiro, que leva à busca da sabedoria, que contribui para o bem do aluno e de sua comunidade e que o leva a refletir sobre tudo o que o cerca e não somente com o que lhe será útil saber e fazer.
          A formação humana integral continua sendo um dos mais importantes e antigos projetos humanos. A educação formal, com foco no integral, constitui uma luta que representa uma alternativa para o avanço da sociedade em relação aos atuais limites da escola.
          A educação integral, embora sendo o ambiente escolar seu foco, não se restringe apenas a escola, ela pressupõe o reconhecimento de outras demandas como o acesso a saúde, ao esporte, à inclusão digital e à cultura, a educação integral visa desenvolver percursos formativos mais integrados, complexos e completos, que considerem a educabilidade humana em sua múltipla dimensionalidade.
            A Educação Integral que tem como objetivo a Formação Integral demanda um currículo que se conecte com a realidade do sujeito, precisa ser incorporado em cada componente curricular, de cada área do conhecimento, devem se inter-relacionar permanentemente.

PERCURSO FORMATIVO
            As práticas pedagógicas devem considerar as diversidades de cada sujeito, considerando todas as potencialidades humanas. Pensar as estratégias metodológicas. O professor mediará os caminhos a serem seguidos para as atividades. A atividade terá: conceito, problema e solução.
            O ser humano passa a viver e agir em grupo, desenvolvendo a necessidade de organizar as atividades práticas e a interagir constantemente. É através da mediação que permite as gerações o conhecimento dos traços culturais deixados pelas culturas que antecederam.
            Com a apropriação cultural em que os sujeitos se humanizam, ressignificando os aspectos emocionais, cognitivos, psicológicos e sociais, tornando-se elementos significativos da conduta, da percepção, da linguagem, do pensamento e da consciência.
            A proposta curricular vem orientar as necessidades de todos os sujeitos, com o princípio da formação integral. O conhecimento e a aprendizagem são processos intimamente “imbriados”; através do conhecimento é que os seres humanos são capazes de estabelecer relações dialéticas de compreensão da realidade.
            Os conceitos científicos sistematizados e elaborados não ampliam somente os conceitos cotidianos, mas criam estruturas para saltos qualitativos. Os processos de aprendizagem devem oferecer aos sujeitos um amplo leque de vivências e atividades ao longo do processo formativo, onde a escola promova atividades relacionadas a diferentes áreas do conhecimento, com valores éticos, estéticos e políticos; também a importância e a contribuição de outras formas de jogos e brincadeiras, por constituírem importantes estratégias metodológicas a serem utilizadas em diferentes momentos do percurso formativo dos sujeitos.
            O processo de desenvolvimento humano não é linear, mas por vezes é contraditório, encontra obstáculos que são chamados de crises onde constem na reestruturação da vivência motivada pela troca das necessidades que move a conduta dos sujeitos.
            As Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica no artigo 13, parágrafo 3º, indica que a organização do percurso formativo deve ser concebida em acordo com as peculiaridades do meio e das características, interesses e necessidades dos estudantes. Dá a escola identidade e função social, não mais permite conceber os espaços escolares isoladamente.
            A escola é um espaço social de mediação, há interação entre os sujeitos para elaborar conceitos, pensar diferente. As mudanças legais nem sempre significam mudanças nas estruturas de inclusão / exclusão educacional e social.
            Hoje a aceitação da diversidade (biológica, sexual, cognitiva, cultural, étnica, territorial, os diferentes tempos de aprendizagem, são desafios da escola; precisando planejamento e uma reorganização escolar.
            A ação pedagógica na perspectiva de percurso formativo como unidade, é um repensar de tempos, espaços e formas de aprendizagem na relação com o desenvolvimento humano. O currículo escolar deve ser permanentemente repensado, reelaborado.
            A escola é um conjunto arquitetônico educativo e espaços transformados em pedagógicos. A educação integral não cabe dentro dos muros da escola, é muito além, é atuar em todos os espaços que o educando vive. O saber é interação com os outros, consigo mesmo e com o mundo.
            A escola assume uma organização, postura docente para estabelecer articulação entre saberes e fazeres dos sujeitos e os conhecimentos científicos. A seriação é predominante, ainda temos ciclos de formação e a pedagogia da alternância, com relação a organização escolar.
            A avaliação inclui-se ao desafio da aprendizagem como instrumento de contínua progressão, deve reunir informações relevante de aspectos formativos, tomadas de decisões, visando ajustes na promoção da aprendizagem.
            Avaliar é um movimento que considera objetivos propostos numa elaboração de finalidades, metas e estratégias, como oportunidade de aprendizagem e modos de ensinar e aprender; é formativo e contínuo; durante toda a vida do educando. Na formação do caráter três etapas são necessárias: a diagnóstica, a de intervenção e a de replanejamento. Ao longo do desenvolvimento é fundamental considerar a sistematização, a elaboração e a apropriação de conhecimentos.
            A Proposta Curricular de SC sinaliza que o PPP das escolas constitui movimentos institucionais, baseados nos processos coletivos de avaliação da aprendizagem no planejamento e nos conselhos de classe.
            A escola deve garantir a compreensão, pelo sujeito do percurso formativo na integridade, incluir planejamento, avaliação das ações educativas de todos os sujeitos que integram o espaço escolar. Valorizar os saberes que os sujeitos trazem dos diferentes espaços sociais, as relações dos conhecimentos sistematizados e o desenvolvimento do ato criador, função social da escola.

Autores (Cursistas): Cleudete Rosário de Lima Schuster, Cleci Rosário de Lima, Celi Terezinha Corso, Ana Claudia Lindenmayr Gazzi, Roberto Schuster, Graciele Sehn, Antonia Maria Kochem Zanin, Luciane Silvia Almeida Kochem, Omar Líbero, Édina Regina Cassel Kempa, Ivone Maria Falchetti Baldin, Margaret Maria Batagin, Kelin Baldin, Tânia Maria Berticelli Taffarel, Lorivo Schneider, Gabriela Ketliim de Souza Ruedel, Rosane Marisa Scherner, Delires Moresco Bellatto, Simone Gonzatti Schopf, Dayze Maria Carlet, Paulo Cesar Kochem, Laércio Lucas Almeida.


           


2 comentários:

NTE - São Miguel do Oeste - SC disse...

Sendo a Proposta Curricular a diretriz educacional do Estado de Santa Catarina é importante que seja estudada e discutida em grupo na escola,sendo aplicada por toda comunidade escolar.
Parabéns pelo estudo realizado e atividades desenvolvidas por este grupo.

Unknown disse...

Desejamos neste espaço, reconhecer o empenho e dedicação dos colegas professores no estudo da PCSC. Parabéns. 1a GERED/Ensino - fraternal abraço