EDUCAÇÃO BÁSICA E FORMAÇÃO INTEGRAL
A Formação
Integral tem assumido papel cada vez mais central no debate sobre os
pressupostos e finalidades da Educação Básica no Brasil. Quanto mais integral a
formação dos sujeitos, maiores são as possibilidades de criação e transformação
da sociedade.
A busca pela
formação humana integral faz parte da experiência humana na qual a
escolarização vem ocupando lugar central. Uma boa formação é aquela que se
baseia no conhecimento verdadeiro, que leva à busca da sabedoria, que contribui
para o bem do aluno e de sua comunidade e que o leva a refletir sobre tudo o
que o cerca e não somente com o que lhe será útil saber e fazer.
A formação
humana integral continua sendo um dos mais importantes e antigos projetos
humanos. A educação formal, com foco no integral, constitui uma luta que
representa uma alternativa para o avanço da sociedade em relação aos atuais
limites da escola.
A educação
integral, embora sendo o ambiente escolar seu foco, não se restringe apenas a
escola, ela pressupõe o reconhecimento de outras demandas como o acesso a
saúde, ao esporte, à inclusão digital e à cultura, a educação integral visa
desenvolver percursos formativos mais integrados, complexos e completos, que
considerem a educabilidade humana em sua múltipla dimensionalidade.
A Educação
Integral que tem como objetivo a Formação Integral demanda um currículo que se
conecte com a realidade do sujeito, precisa ser incorporado em cada componente
curricular, de cada área do conhecimento, devem se inter-relacionar
permanentemente.
PERCURSO FORMATIVO
As práticas pedagógicas devem
considerar as diversidades de cada sujeito, considerando todas as
potencialidades humanas. Pensar as estratégias metodológicas. O professor
mediará os caminhos a serem seguidos para as atividades. A atividade terá:
conceito, problema e solução.
O ser humano passa a viver e agir em
grupo, desenvolvendo a necessidade de organizar as atividades práticas e a
interagir constantemente. É através da mediação que permite as gerações o
conhecimento dos traços culturais deixados pelas culturas que antecederam.
Com a apropriação cultural em que os
sujeitos se humanizam, ressignificando os aspectos emocionais, cognitivos,
psicológicos e sociais, tornando-se elementos significativos da conduta, da
percepção, da linguagem, do pensamento e da consciência.
A proposta curricular vem orientar
as necessidades de todos os sujeitos, com o princípio da formação integral. O
conhecimento e a aprendizagem são processos intimamente “imbriados”; através do
conhecimento é que os seres humanos são capazes de estabelecer relações
dialéticas de compreensão da realidade.
Os conceitos científicos
sistematizados e elaborados não ampliam somente os conceitos cotidianos, mas
criam estruturas para saltos qualitativos. Os processos de aprendizagem devem
oferecer aos sujeitos um amplo leque de vivências e atividades ao longo do
processo formativo, onde a escola promova atividades relacionadas a diferentes
áreas do conhecimento, com valores éticos, estéticos e políticos; também a
importância e a contribuição de outras formas de jogos e brincadeiras, por constituírem
importantes estratégias metodológicas a serem utilizadas em diferentes momentos
do percurso formativo dos sujeitos.
O processo de desenvolvimento humano
não é linear, mas por vezes é contraditório, encontra obstáculos que são
chamados de crises onde constem na reestruturação da vivência motivada pela
troca das necessidades que move a conduta dos sujeitos.
As Diretrizes Curriculares Nacionais
para Educação Básica no artigo 13, parágrafo 3º, indica que a organização do
percurso formativo deve ser concebida em acordo com as peculiaridades do meio e
das características, interesses e necessidades dos estudantes. Dá a escola identidade
e função social, não mais permite conceber os espaços escolares isoladamente.
A escola é um espaço social de
mediação, há interação entre os sujeitos para elaborar conceitos, pensar
diferente. As mudanças legais nem sempre significam mudanças nas estruturas de
inclusão / exclusão educacional e social.
Hoje a aceitação da diversidade
(biológica, sexual, cognitiva, cultural, étnica, territorial, os diferentes
tempos de aprendizagem, são desafios da escola; precisando planejamento e uma
reorganização escolar.
A ação pedagógica na perspectiva de
percurso formativo como unidade, é um repensar de tempos, espaços e formas de
aprendizagem na relação com o desenvolvimento humano. O currículo escolar deve
ser permanentemente repensado, reelaborado.
A escola é um conjunto arquitetônico
educativo e espaços transformados em pedagógicos. A educação integral não cabe
dentro dos muros da escola, é muito além, é atuar em todos os espaços que o
educando vive. O saber é interação com os outros, consigo mesmo e com o mundo.
A escola assume uma organização,
postura docente para estabelecer articulação entre saberes e fazeres dos
sujeitos e os conhecimentos científicos. A seriação é predominante, ainda temos
ciclos de formação e a pedagogia da alternância, com relação a organização
escolar.
A avaliação inclui-se ao desafio da
aprendizagem como instrumento de contínua progressão, deve reunir informações
relevante de aspectos formativos, tomadas de decisões, visando ajustes na
promoção da aprendizagem.
Avaliar é um movimento que considera
objetivos propostos numa elaboração de finalidades, metas e estratégias, como
oportunidade de aprendizagem e modos de ensinar e aprender; é formativo e
contínuo; durante toda a vida do educando. Na formação do caráter três etapas
são necessárias: a diagnóstica, a de intervenção e a de replanejamento. Ao
longo do desenvolvimento é fundamental considerar a sistematização, a
elaboração e a apropriação de conhecimentos.
A Proposta Curricular de SC sinaliza
que o PPP das escolas constitui movimentos institucionais, baseados nos
processos coletivos de avaliação da aprendizagem no planejamento e nos
conselhos de classe.
A escola deve garantir a
compreensão, pelo sujeito do percurso formativo na integridade, incluir
planejamento, avaliação das ações educativas de todos os sujeitos que integram
o espaço escolar. Valorizar os saberes que os sujeitos trazem dos diferentes
espaços sociais, as relações dos conhecimentos sistematizados e o
desenvolvimento do ato criador, função social da escola.
Autores (Cursistas):
Cleudete Rosário de Lima Schuster, Cleci Rosário de Lima, Celi Terezinha Corso,
Ana Claudia Lindenmayr Gazzi, Roberto Schuster, Graciele Sehn, Antonia Maria
Kochem Zanin, Luciane Silvia Almeida Kochem, Omar Líbero, Édina Regina Cassel Kempa,
Ivone Maria Falchetti Baldin, Margaret Maria Batagin, Kelin Baldin, Tânia Maria
Berticelli Taffarel, Lorivo Schneider, Gabriela Ketliim de Souza Ruedel, Rosane
Marisa Scherner, Delires Moresco Bellatto, Simone Gonzatti Schopf, Dayze Maria
Carlet, Paulo Cesar Kochem, Laércio Lucas Almeida.
2 comentários:
Sendo a Proposta Curricular a diretriz educacional do Estado de Santa Catarina é importante que seja estudada e discutida em grupo na escola,sendo aplicada por toda comunidade escolar.
Parabéns pelo estudo realizado e atividades desenvolvidas por este grupo.
Desejamos neste espaço, reconhecer o empenho e dedicação dos colegas professores no estudo da PCSC. Parabéns. 1a GERED/Ensino - fraternal abraço
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